Os cristãos, independentemente de serem católicos, protestantes, evangélicos, anglicanos ou ortodoxos, são cada vez mais alvo de perseguições religiosas. O problema volta a ganhar destaque neste dia de celebração do nascimento de Jesus Cristo, com especialistas denunciando o “silêncio do Natal que reina nos países do ocidente sobre essa perseguição”. Os dados variam muito e vão de nove mil cristãos mortos por ano a até 100 mil mortos.
Os países mais perigosos para a comunidade cristã estão na África, Ásia e Oriente Médio. Segundo o grupo evangélico americano Open Doors, a Coreia do Norte encabeça a lista, seguida pela Arábia Saudita, Afeganistão, Iraque, Somália, Maldivas, Mali, Irã, Iêmen e Eritreia. A violência contra os cristãos vem crescendo muito na Síria e na Etiópia.
Perseguição global?
Existem 2,3 bilhões de cristãos no mundo de várias igrejas: Anglicana, Católica, Evangélica, Ortodoxa, Protestante, etc… Mas os fiéis são perseguidos sem distinção e milhares morrem todos os anos por causa de sua fé. Algumas fontes falam em nove mil cristãos mortos por ano, isto é, um a cada hora. Já a Open Doors calcula 100 mil mortos por ano, um saldo considerado exagerado pelos especialistas.
Alguns analistas lembram que não existe uma ofensiva global contra os cristãos e que muitas vezes os conflitos são provocados por causas múltiplas e locais. Eles lembram também que em alguns países, como na Republica Centro Africana e no Sudão do Sul, por exemplo, são os cristãos os responsáveis pela violência, na maioria das vezes étnica.
“Ecumenismo de sangue”
O papa Francisco denunciou no início de dezembro essa perseguição indiferenciada e coletiva de cristãos no mundo inteiro. Ele disse que esse “ecumenismo de sangue” deveria aproximar as igrejas concorrentes.
Segundo os especialistas, os cristãos são perseguidos por três razões. A primeira é o radicalismo religioso, principalmente de grupos islâmicos radicais. A segunda é a repressão de governos ditatoriais, como a Coreia do Norte, que consideram que a fé cristã é contra a ideologia no poder. Por último, as perseguições políticas ou por interesses econômicos de criminosos, traficantes ou paramilitares que são prejudicados pela militância social de diversas igrejas.
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