· Certa vez, ouvi alguém dizer que a gravata foi inventada por um homossexual, e por isso não deveria ser usada por nenhum cristão. Semana passada ouvi um pregador afirmar que foi Luiz XIV quem a inventou. hoje, ao começar a ler o livro de Dan Brown, descobri que seu uso é mais antigo do que isso. segundo ele, a gravata remontava à fascalia de seda usada pelos oradores romanos para aquecer as cordas vocais, e que vinha de um bando de cruéis mercenários croatas que amarravam lenços em volta do pescoço antes de partir para a batalha. Até hoje, guerreiros corporativos modernos a usam para intimidar os inimigos nas batalhas diárias das salas de reunião.
· “Por volta do ano 1635, cerca de seis mil soldados e cavaleiros vieram a Paris para dar suporte ao rei Luís XIV e ao Cardeal Richelieu. Entre eles, estava um grande número de mercenários croatas. O traje tradicional destes soldados despertou interesse por causa dos cachecóis incomuns e pitorescos enlaçados em seu pescoço. Os cachecóis eram feitos de vários tecidos, variando de material grosseiro para soldados comuns a seda e algodão para oficiais”. Os franceses logo se encantaram com esse adereço elegante e desconhecido, que chamaram de cravat, que significa croata. O próprio rei Luís XIV ordenou que seu alfaiate particular criasse uma peça semelhante ao dos croatas e que a incorporasse aos trajes reais.
· Acredito que vale a pena se sentir bem e apresentável, seja ou não com a tão falada gravada.
Uns 600 milhões de homens em todo o mundo a usam. Na Alemanha, cada homem tem umas 20 gravatas. Muitos já se perguntaram com certa irritação, ao colocá-la: Quem foi que inventou isso? Onde ela se originou?
Steenkerke, uma cidade na Bélgica, reivindica a honra de ter "inventado" a gravata. Em 1692, forças inglesas fizeram um ataque-surpresa contra as tropas francesas aquarteladas ali. De acordo com o jornal alemão Frankfurter Allgemeine Sonntagszeitung, "os oficiais (franceses) não tiveram tempo de se vestir adequadamente. Mas, num piscar de olhos, eles ataram os lenços do uniforme ao redor do pescoço num nó solto e enfiaram as pontas nas casas dos botões da jaqueta. Voilà, nasceu a gravata!" No entanto, a novidade da moda lançada pelos soldados não era exatamente nova. Os peritos na história das gravatas explicam que, séculos antes disso, os guerreiros do imperador chinês Cheng (Shih Huang Ti) usavam um tipo de lenço dobrado ao redor do pescoço, para indicar a sua posição.
Talvez os mais famosos, no entanto, fossem os lenços usados pelos croatas que lutavam pelo Rei Luís XIV, da França. Durante um desfile de vitória em Paris, os franceses ficaram tão encantados com os lenços usados pelos croatas que os chamaram de cravates, alusão a Cravate, que significa croata, e também passaram a usá-lo. "Dali em diante", escreve o jornal, "não havia como parar a moda das gravatas, embora os soldados em Steenkerke tenham sido os primeiros a atar o lenço com um nó".
Durante a Revoluçâo Francesa (1789-99), o homem indicava a sua inclinaçâo politica pela cor de seu "croata", ou lenço, em torno do pescoço. No século 19, a elegante sociedade européia "descobriu" esta peça do vestuário. Foi então que a cravat foi elevada do cenário militar e político, passando a fazer parte do guarda-roupa masculino. Hoje, a gravata não só é aceita no mundo todo; em certos ambientes e eventos, é obrigatória.


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