A
Operação Lava Jato chegou à 24ª fase na manhã desta sexta-feira (4). Segundo a
Polícia Federal (PF), a operação ocorre na casa do ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva, em São
Bernardo do Campo e em outras cidades de São Paulo, do Rio de
Janeiro e da Bahia. Nesta manhã, policiais contiveram várias brigas entre
manifestantes nas proximidades da residência de Lula e em outros locais. O
Instituto Lula também é alvo da ação da PF.
Operação Lava Jato chegou à 24ª fase na manhã desta sexta-feira (4). Segundo a
Polícia Federal (PF), a operação ocorre na casa do ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva, em São
Bernardo do Campo e em outras cidades de São Paulo, do Rio de
Janeiro e da Bahia. Nesta manhã, policiais contiveram várias brigas entre
manifestantes nas proximidades da residência de Lula e em outros locais. O
Instituto Lula também é alvo da ação da PF.
A
Operação Lava Jato teve início em março de 2014 e investiga um esquema
bilionário de lavagem de dinheiro e evasão de divisas na Petrobras.Segundo a PF, o ex-presidente é alvo de um dos mandados de condução coercitiva.Segundo André Perecmanis, professor de Direito Penal da PUC-RJ, em entrevista à GloboNews, a condução coercitiva é quando a pessoa é obrigada a comparecer frente a uma autoridade policial. No entanto, ela pode não depor, pois ainda tem o direito de ficar em silêncio.
Operação Lava Jato teve início em março de 2014 e investiga um esquema
bilionário de lavagem de dinheiro e evasão de divisas na Petrobras.Segundo a PF, o ex-presidente é alvo de um dos mandados de condução coercitiva.Segundo André Perecmanis, professor de Direito Penal da PUC-RJ, em entrevista à GloboNews, a condução coercitiva é quando a pessoa é obrigada a comparecer frente a uma autoridade policial. No entanto, ela pode não depor, pois ainda tem o direito de ficar em silêncio.
Perto das 8h40, Lula foi levado para o Aeroporto de Congonhas, em um carro descaracterizado, para depor à PF. Às 8h51, ele prestava depoimento dentro do aeroporto.
Instituto Lula avaliou a ação da PF como "arbitrária, ilegal e injustificável".
"A violência praticada hoje (4/3) contra o ex-presidente Lula e sua família, contra o Instituto Lula, a ex-deputada Clara Ant e outros cidadãos ligados ao ex-presidente, é uma agressão ao estado de direito que atinge toda sociedade brasileira. A ação da chamada Força Tarefa da Lava Jato é arbitrária, ilegal, e injustificável, além de constituir grave afronta ao Supremo Tribunal Federal", diz o texto.
O presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto, igualmente é alvo de outro mandado de condução.
A PF também cumpre mandados de busca e apreensão na casa do ex-presidente Lula, na casa e empresa dos filhos dele e no sítio que era constantemente frequentado por Lula, em Atibaia.
Ao todo, foram expedidos 44 mandados judiciais, sendo 33 de busca e apreensão e 11 de condução coercitiva.
Duzentos policiais federais e 30 auditores da Receita Federal participam da ação, que foi batizada de "Aletheia". O termo é uma referência à expressão grega que significa "busca da verdade".
Duzentos policiais federais e 30 auditores da Receita Federal participam da ação, que foi batizada de "Aletheia". O termo é uma referência à expressão grega que significa "busca da verdade".
No Rio de Janeiro, os mandados estão sendo cumpridos na capital, assim como na Bahia. Já em São Paulo, os municípios em que a operação é realizada são: São Paulo, São Bernardo do Campo, Atibaia, Guarujá, Diadema, Santo André e Manduri.
Confusão
Manifestantes contrários e favoráveis ao ex-presidente Lula estão concentrados em frente à casa dele desde o início do cumprimento de mandados. Desde o início da manhã, há discussões e agressões no local. Dezena de carros buzinam na região.
Além das discussões a agressões registradas nas proximidades da casa do ex-presidente, também tem havido confusões constantes no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, onde Lula é ouvido pela PF.
Já na sede da PF em Curitiba, no Paraná, um grupo de pessoas acompanha do lado de fora a movimentação no local. Nesta manhã, é realizada uma coletiva de imprensa sobre a 24ª fase da operação. Há manifestantes com cartazes que apoiam a Lava Jato e que pedem a prisão do ex-presidente.Investigações
Manifestantes contrários e favoráveis ao ex-presidente Lula estão concentrados em frente à casa dele desde o início do cumprimento de mandados. Desde o início da manhã, há discussões e agressões no local. Dezena de carros buzinam na região.
Além das discussões a agressões registradas nas proximidades da casa do ex-presidente, também tem havido confusões constantes no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, onde Lula é ouvido pela PF.
Já na sede da PF em Curitiba, no Paraná, um grupo de pessoas acompanha do lado de fora a movimentação no local. Nesta manhã, é realizada uma coletiva de imprensa sobre a 24ª fase da operação. Há manifestantes com cartazes que apoiam a Lava Jato e que pedem a prisão do ex-presidente.Investigações
Investigações
De
acordo com o Ministério Público Federal (MPF), a ação foi deflagrada para
aprofundar a investigação de possíveis crimes de corrupção e lavagem de
dinheiro oriundo de desvios da Petrobras, praticados por meio de pagamentos
dissimulados feitos por José Carlos Bumlai e pelas construtoras OAS e Odebrecht
ao Lula e pessoas associadas.
acordo com o Ministério Público Federal (MPF), a ação foi deflagrada para
aprofundar a investigação de possíveis crimes de corrupção e lavagem de
dinheiro oriundo de desvios da Petrobras, praticados por meio de pagamentos
dissimulados feitos por José Carlos Bumlai e pelas construtoras OAS e Odebrecht
ao Lula e pessoas associadas.
Há
evidências de que o ex-presidente recebeu valores oriundos do esquema
descoberto na Petrobras por meio de um apartamento triplex do Condomínio
Solaris, no Guarujá (SP).
evidências de que o ex-presidente recebeu valores oriundos do esquema
descoberto na Petrobras por meio de um apartamento triplex do Condomínio
Solaris, no Guarujá (SP).
O
avanço das investigações revelou evidências de que o ex-presidente recebeu, em
2014, pelo menos, R$ 1 milhão sem aparente justificativa econômica lícita da
OAS para reformas e móveis de luxo.
avanço das investigações revelou evidências de que o ex-presidente recebeu, em
2014, pelo menos, R$ 1 milhão sem aparente justificativa econômica lícita da
OAS para reformas e móveis de luxo.
Existe
a suspeita também de que Lula tenha sido beneficiado com obras no sítio em
Atibaia e com a armazenagem de bens por transportadora.
a suspeita também de que Lula tenha sido beneficiado com obras no sítio em
Atibaia e com a armazenagem de bens por transportadora.
Ainda
são apurados pagamentos ao ex-presidente, feitos por empresas investigadas na
Lava Jato, a título de supostas doações e palestras.
são apurados pagamentos ao ex-presidente, feitos por empresas investigadas na
Lava Jato, a título de supostas doações e palestras.
STF
No
dia 29 de fevereiro, o procurador da República Deltan Dallagnol enviou uma
manifestação à ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF),
defendendo que uma investigação em curso sobre propriedades atribuídas ao
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja mantida dentro da Operação Lava
Jato, a cargo do Ministério Público Federal no Paraná.
dia 29 de fevereiro, o procurador da República Deltan Dallagnol enviou uma
manifestação à ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF),
defendendo que uma investigação em curso sobre propriedades atribuídas ao
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja mantida dentro da Operação Lava
Jato, a cargo do Ministério Público Federal no Paraná.
Coordenador
da força-tarefa da Lava Jato no Paraná, Dallagnol destacou que possíveis
vantagens supostamente recebidas por Lula de empreiteiras teriam sido
repassadas durante o mandato presidencial do petista.
da força-tarefa da Lava Jato no Paraná, Dallagnol destacou que possíveis
vantagens supostamente recebidas por Lula de empreiteiras teriam sido
repassadas durante o mandato presidencial do petista.
O
que diz o PT
que diz o PT
O
presidente nacional do PT, Rui Falcão, divulgou vídeo no Facebook no qual
classificou a operação da Polícia Federal na casa do ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva de "política" e "espetáculo midiático". Ele ainda pediu que a
militância do partido saia em defesa de Lula.
presidente nacional do PT, Rui Falcão, divulgou vídeo no Facebook no qual
classificou a operação da Polícia Federal na casa do ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva de "política" e "espetáculo midiático". Ele ainda pediu que a
militância do partido saia em defesa de Lula.
"Nós
estamos fazendo uma conclamação à militância para que neste momento, grave, em
que se monta uma operação política, um espetáculo midiático em torno do
presidente Lula e da sua família, para que todos os diretórios nesse momento,
nos seus estados, entrem em vigília para a gente aguardar o desdobramento do
depoimento do presidente Lula", diz Rui Falcão no vídeo.
estamos fazendo uma conclamação à militância para que neste momento, grave, em
que se monta uma operação política, um espetáculo midiático em torno do
presidente Lula e da sua família, para que todos os diretórios nesse momento,
nos seus estados, entrem em vigília para a gente aguardar o desdobramento do
depoimento do presidente Lula", diz Rui Falcão no vídeo.
23ª
fase
fase
A
23ª fase, batizada de Acarajé, foi deflagrada no dia 22 de fevereiro e prendeu
o marqueteiro do Partido dos Trabalhadores (PT) João Santana, além de mulher
dele Monica Moura. Os dois são suspeitos de receber US$ 7,5 milhões em conta
secreta no exterior.
23ª fase, batizada de Acarajé, foi deflagrada no dia 22 de fevereiro e prendeu
o marqueteiro do Partido dos Trabalhadores (PT) João Santana, além de mulher
dele Monica Moura. Os dois são suspeitos de receber US$ 7,5 milhões em conta
secreta no exterior.
Santana
é publicitário e foi marqueteiro das campanhas da presidente Dilma Rousseff
(PT) e da campanha da reeleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
(PT), em 2006.
é publicitário e foi marqueteiro das campanhas da presidente Dilma Rousseff
(PT) e da campanha da reeleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
(PT), em 2006.
Acarajé
era o nome usado pelos suspeitos para se referirem ao dinheiro irregular. A PF
suspeita que os recursos tenham origem no esquema de corrupção na Petrobras
investigado na Operação Lava Jato.
era o nome usado pelos suspeitos para se referirem ao dinheiro irregular. A PF
suspeita que os recursos tenham origem no esquema de corrupção na Petrobras
investigado na Operação Lava Jato.
*Com
colaboração do G1 SP
colaboração do G1 SP
Assista:
Nenhum comentário